Medicina Nuclear: o que é quais as suas principais características?

Existem diferentes tipos de aplicação médica e procedimentos, que visam otimizar o tratamento de determinado paciente, com base no tipo e gravidade de lesão ou doença. Com o avanço da medicina, alguns tipos de tratamento evoluíram e se tornaram cada vez mais efetivos.

Um método bastante eficaz é a medicina nuclear, que contribui com o bem-estar dos pacientes. Inclusive ajudando a prevenir doenças cardiovasculares.

A medicina nuclear é uma especialidade médica que, aplica materiais radioativos de forma segura, indolor e não invasiva, com finalidade diagnostica e terapeuta. Como característica, utiliza quantidades mínimas de substâncias radioativas, que são chamadas de radiofármacos.

É formada por elementos químicos emissores de radiação, como ferramenta para acessar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, realizando imagens, diagnósticos e tratamentos.

As principais técnicas utilizados na Medicina Nuclear são a cintilografia e a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT). Ambos os métodos têm diversas aplicações diagnósticas, em várias áreas da Medicina.

Exames utilizados em medicina nuclear

  • Cintilografia óssea

É um exame de imagem de todo o esqueleto, realizado através da injeção venosa de uma substância radioativa que se concentra nos ossos, principalmente nas células de maior atividade metabólica. Posteriormente é captada como imagem por uma câmara especial.

  • Gamagrafia com gálio

 Trata-se de um exame de imagem realizado em doses baixas de radioisótopo ou isótopo radioativo, com o objetivo de obter a visualização da sua distribuição no esqueleto ou em algum órgão. Nesse caso em específico é realizado através do uso do gálio, utilizado para detectar câncer.

  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET scan)

Denominação dada a um exame de imagem da medicina nuclear que utiliza radionuclídeos, que emitem um positrão (antipartícula do elétron) no momento da desintegração, o qual é detectado para formar as imagens do exame.

  • Gamagrafia de tireoide

É um exame de imagem, que utiliza doses baixas de radioisótopo ou isótopo radioativo, com o objetivo de avaliar a condição da tireoide.

Radionuclídeos mais usados são:

  • Gálio 67: Utilizado para detectar câncer em certos órgãos. Também pode ser usado para uma varredura do corpo inteiro.
  • Tecnécio 99: É usado em exames de corpo inteiro, especialmente na cintilografia óssea, um exame para detectar a disseminação do câncer.
  • Tálio 201: Frequentemente utilizado no estudo de doenças cardíacas. Pode ser utilizado para detectar alguns tipos de câncer.
  • Iodo 123 ou Iodo 131: São utilizados no diagnóstico e no tratamento do câncer de tireoide.

Embora empregue elementos radioativos, os exames utilizados em Medicina Nuclear são muito seguros. Na prática, o objetivo é sempre usar a menor quantidade de radiação possível.

Os aparelhos são calibrados para obter imagens de qualidade e injetam-se radiofármacos em quantidades controladas, sob supervisão do médico especialista na área.

Todas as pessoas envolvidas na execução dos métodos recebem treinamento e todos os aparelhos passam por controles de qualidade para evitar a repetição de exames. E, fundamentalmente, os exames que usam radiação são realizados apenas com indicação médica.

Em relação ao procedimento, existem poucas contraindicações. Portanto, idosos, recém-nascidos e pacientes debilitados podem realizá-lo com um baixo risco. O exame não é indicado apenas às gestantes e em pacientes que estão amamentando.