Dr. Roberto Luiz Marino

Email: rlmarino@cardiol.br

  • Prevalência média 50%, variando de 81% nas séries iniciais, a 15% nas séries mais recentes, em função da inclusão de pacientes com risco intermediário e baixo, portanto, com menos idade e comorbidades.

 

  • Não existem dados definitivos para orientação da melhor estratégia de revascularização nesses pacientes.

  • Uso progressivo de ANGIOTOMOGRAFIA para avaliação pré-TAVI deverá aumentar nos próximos anos, assim como técnicas de avaliação funcional (FFR ou iFR).

 

  • Recomendação habitual das diretrizes para intervenção em lesões >70% em segmentos coronários proximais, precisam de maior evidência para pacientes pré-TAVI. Há necessidade de melhor avaliação das diferenças entre as abordagens TAVI + ICP x TAVI apenas. Meta-análise não demonstrou diferenças na mortalidade após 1 ano.

 

  • A seleção de quais lesões coronárias deve ser abordada e ou a revascularização completa, tem sido opção de cada grupo, sem padronização, o que dificulta a análise dos resultados que são muito variáveis.

 

  • Nas séries analisadas, a média de intervenção coronária varia de 4 a 14%.

 

  • Embora o Ticagrelor seja de benefício potencial para pacientes estáveis de alto risco, há preferência para uso de AAS+Clopidogrel como DAPT, por 1 a 6 meses, pelo maior risco hemorrágico do Ticagrelor.

 

  • O tempo ideal da ICP antes da TAVI permanece indefinido, devendo ser em média 30 dias antes da TAVI. Tem sido observado índices de maior sangramento nos locais de punção e também maior ocorrência de eventos hemorrágicos.

 

  • A estratégia de abordagem simultânea tem sido proposta para evitar múltiplos procedimentos e suas complicações, porém, o aumento do uso de contraste, pode potencialmente aumentar o risco de nefropatia, especialmente em intervenções mais complexas. A abordagem estadiada permanece sendo a mais utilizada, ainda não se definindo o tempo mínimo entre as intervenções. A presença de doença renal crônica associada deve ser considerada ao estabelecer o tempo mínimo.

EVENTOS CORONÁRIOS APÓS TAVI

  • Alguns estudos observam incidência de SCA 10%, em tempo de observação média de 2 anos após TAVI, sendo 36% de IAMSEST(Tipo 2), angina instável(35%) e IAMSEST tipo I (28%) e IAMCEST(1%). Apenas 39% se beneficiaram de ICP e o prognóstico destes paciente é pobre, com mortalidade de 37% após a SCA em um seguimento médio de 21 meses.

 

  • A maioria dos eventos se deve a progressão da DAC (aterotrombótico) ou por falha de ICP realizada previamente. A ocorrência de embolia coronária por trombose subclínica de folheto da bioprótese também pode estar envolvida em alguns casos.

 

  • Dificuldades técnicas para realização de coronariografia e da ICP pós TAVI podem ser consideradas, e dependem do tipo de bioprótese. Os relatos de casos são isolados e em número pequeno, com sucesso variando de 50 a 100%.

Ref: Coronary Artery Disease and Transcatheter Aortic value replacement. JACC state-of-the. Art Review Laurente Faroux, MD, MSc.

JACC vol 74, no 3, 2019, July 23, 2019: 362-72.